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Apneia obstrutiva do sono em crianças

Pesquisas atuais ressaltam a importância da qualidade do sono na infância para a promoção do bem- -estar, do aprendizado e do desenvolvimento mental e assegurar uma vida saudável na fase adulta. Durante a infância, o sono insuficiente determina alterações neurocomportamentais e cognitivas que interferem com a qualidade de vida da criança e de toda a sua família. Entre 25% e 46% da população infantil poderão apresentar algum tipo de transtorno do sono; estima-se que os distúrbios respiratórios do sono (DRS) acometam de 1-3% dessa população.

A marca principal dos DRS é o ronco noturno, logo, intuitivamente, esperaríamos que dados de uma boa anamnese e de exame físico pudessem realmente predizer a SAOS. Entretanto, uma meta-análise recentemente realizada revelou que somente 55% de todas as crianças com suspeita diagnóstica de SAOS, através de avaliação clínica, obtiveram confirmação polissonográfica. Conforme as recomendações da Academia Americana de Medicina do Sono, a polissonografia. A escolha da terapia a ser adotada será direcionada pela etiologia subjacente, gravidade, história natural e opções terapêuticas viáveis para que se proporcione uma melhora na patência da VAS. Considera-se a adenotonsilectomia como a primeira linha de tratamento quando existe hipertrofia adenotonsilar. A falta de resposta ao tratamento cirúrgico e a recorrência dos sintomas em alguns pacientes sugerem que a SAOS na infância seja decorrente também de fatores neuromusculares e dinâmicos, principalmente naquelas crianças com condições subjacentes, como síndrome de Down, alterações craniofaciais e com SAOS mais grave, que certamente irão requerer um tratamento adicional após a cirurgia.

Fatores de risco para AOS incluem:

Amígdalas e/ou adenoides grandes: Amígdalas e/ou adenoides grandes podem bloquear a via aérea (passagem do ar). Esse é o fator de risco mais comum em crianças. Amígdalas e adenoides são gânglios linfáticos. Amigdalas são encontradas na parte de trás , de cada lado da garganta. Adenoides estão na parte alta da garganta, atrás do nariz e não são facilmente vistas pela boca. Ambas podem crescer bastante e causar bloqueio na parte de trás da garganta . Problemas de saúde como alergias, refluxo de ácido do estômago, anemia falciforme ou infecções frequentes podem aumentar as amígdalas e as adenoides. Muitas crianças têm amígdalas e adenoides grandes, mas nem todas terão apneia do sono.
Obesidade: Crianças que têm sobrepeso, têm maior probabilidade de ter apneia do sono.
Problemas de tônus muscular: Crianças podem ter dificuldades para respirar durante o sono pelo fato de os músculos da garganta relaxarem e bloquearem a passagem de ar. Isso pode acontecer com qualquer pessoa, porém é mais frequente em condições como distrofia muscular e paralisia cerebral.
Síndromes genéticas: crianças com doenças genéticas tais como síndromes de Down e Prader-Willi podem ter AOS.
Anormalidades da Face ou da Garganta: Crianças que têm formato anormal na face ou garganta podem ter risco de apneia do sono. Por exemplo, queixo ou garganta pequenos, língua grande ou uma fenda (um orifício) no céu da boca podem provocar AOS.
Problemas no Controle da Respiração: Alguns problemas neurológicos podem afetar a respiração durante o sono.
Histórico familiar: Apneia do sono em membros da família pode aumentar o risco para AOS.

Sintomas que crianças com apneia do sono podem ter:

  • Problemas de atenção ou mau desempenho na escola.
  • Hiperatividade e outros problemas de comportamento.
  • Alterações de personalidade, como mau humor, birra ou irritabilidade.
  • Sonolência – pegar no sono ou cochilar em horários não usuais.
  • Fadiga ou cansaço extremo.

Como é o tratamento da apneia obstrutiva do sono para crianças?

Muitos tipos de tratamento podem ser feitos para tratar a AOS. Muitas vezes, diferentes tratamentos devem ser tentados para descobrir qual será mais eficáz para a criança. Os tratamentos podem incluir:
Perda de peso: Se seu filho está acima do peso, fale com seu médico sobre um programa de controle de peso seguro e efetivo.
Posição para dormir: Apneia do sono usualmente piora quando a criança dorme de costas. Coloque seu filho para dormir de lado. Um travesseiro atrás das costas de seu filho pode manter a posição. Usar travesseiros para ajudar seu filho a dormir mais elevado, também pode ajudar.
Tratamento da rinite alérgica: alergias podem causar inchaço e congestão nasais , o que pode causar ou piorar a AOS. Alergias se beneficiam de tratamento médico. Converse com seu médico se você acha que seu filho possa ter roncos causados por alergias.
Se esses tratamentos não ajudarem, cirurgia ou equipamentos para o sono podem ser recomendados.
Muitas crianças podem se beneficiar da cirurgia que remove amígdalas e adenoides. Sintomas de AOS devem melhorar após a cirurgia. Algumas crianças precisam fazer um novo estudo do sono 2 a 3 meses após a cirurgia. Uma traqueostomia é feita em crianças com apneia do sono quando há risco de morte. Nesse procedimento, um pequeno orifício é feito na traqueia e um tubo é inserido nele. Há outros tipos de cirurgia que foram tentados na língua ou na garganta, mas não costumam ser tão efetivos como o equipamento para o sono, chamado de CPAP.

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